Projeto Minhocasa

Vamos esclarecer algumas coisas? O maior problema da atualidade, nas grandes cidades e que originou um problema do tamanho do mundo, parece se chamar lixo, certo?

Alguém se lembra de nossas avós/mães dizendo que algo era sujo ou estava fedendo, para nos impedir de brincar com algo que caiu no chão, por exemplo? Bem, eu me lembro…

Crescemos achando que o resíduo gerado em nossas cozinhas, o tal lixo úmido, era ruim, fedorento, asqueroso. Eu escrevo e imagino a leitora fazendo cara de nojo ao pensar numa terrível casca de … mamão! Ui!

Brincadeiras à parte, o problema do lixo nos acompanhou desde os tempos primordiais do Homem reunido em sociedades mais ou menos organizadas. Por ser considerado asqueroso, através dos séculos, o Lixo (com L maiúsculo, mesmo!) foi sendo literalmente jogado para baixo tapete, não somente por nós indivíduos componentes das Sociedades Urbanas mas, principalmente, pelas grandes indústrias. Esgoto jogado no Mar, resíduos de fábrica jogados nos rios, lençóis freáticos contaminados, enfim… um problema que agora explode na nossa cara e se chama Impacto Ambiental de proporções catastróficas.

E então se descobre que o Lixo Tóxico produzido pela China, na forma de placas de componentes eletrônicos (computadores, baterias de celular, pilhas, etc) acabam jogados aqui, num lixão em Gramacho ou em outra cidade de periferia do nosso País. Ficamos indignados, não é? Com efeito, algo precisa ser feito. Pressionar as autoridades para que criem uma melhor destinação para o Lixo Tóxico parece ser uma excelente medida mas, o que fazer com o lixo de nossa própria casa ? Para começar, vamos a partir de agora chamar todo e qualquer produto ou subproduto gerado pelo nosso consumo doméstico de “resíduo”.  O resíduo seco, papelão, vidro, latinhas de alumínio, etc, pela própria carência de nossas populações, esse, já tem destino certo, que o Brasil é o país das soluções por conta da inventividade (e da necessidade por que passa) o seu povo. O problema está nos tais resíduos “imundos”, o lixo úmido que acaba gerando mais metano, quando jogado nos lixões, e cujo resíduo, o chorume, vai contaminar, lá no fundo, lá embaixo da terra, os queridos e necessário lençóis freáticos…

Prá tomar conta desse problema ambiental, vigiar se as Indústrias estão jogando metais pesados em local proibido, derramando óleo em rio, em oceano, digamos que a gente tem a mídia e os órgãos constituídos por … nós.  E prá tomar conta desse resíduo que sai da nossa casa? Quem vamos chamar ?

Hoje eu trouxe um vídeo legal, que vai chocar a maioria das pessoas, então querido leitor, se você não tem estômago forte e sente nojo de minhocas, é melhor não clicar no Play. O vídeo que vou mostrar, ensina a construir um minhocário para casas e até apartamentos, que além de produzir humus que é o “adubo feito pelas minhocas”, permite equacionar o problema do resíduo de nossas cozinhas.

Projeto Minhocasa!

Enquanto estava escrevendo esse post, vi no Globo, um artigo que vale à pena transcrever e que só vem confirmar o que eu estava pesquisando.

“Cientistas descobriram como minhocas que consomem metal pesado acabam ajudando plantas a limpar solo contaminado.

Pesquisadores da Universidade de Reading, na Inglaterra, encontraram mudanças sutis nas propriedades de metais à medida que minhocas ingeriam e expeliam o solo onde esses metais se encontravam.

Essas mudanças fizeram com que fosse mais fácil para as plantas absorver metais pesados – altamente tóxicos e prejudiciais à saúde humana – da terra.

As plantas podem normalmente absorver metais pesados do solo e incorporá-los em seus tecidos, mas esse é um processo que pode levar bastante tempo.

Por isso, se as minhocas podem fazer com que os metais se tornem mais fáceis de ser absorvidos pelas plantas, elas se tornarão as “guerreiras ecológicas do século 21”, disseram os cientistas no British Association Science Festival, em Liverpool.

Segundo os pesquisadores, as minhocas são verdadeiros “detetives do solo”: a presença delas pode ser um indicativo sobre a saúde geral da terra.

Esse papel é possível porque as minhocas desenvolveram um mecanismo que permite que elas sobrevivam em solo contaminado com metais tóxicos, incluindo arsênio, chumbo, cobre e zinco.

“As minhocas produzem um tipo de proteína que envolve determinados metais e as mantêm seguras (de intoxicação)”, explicou o pesquisador Mark Hodson.

A análise dos metais foi possível com o uso de um equipamento chamado Diamond Light Source, que utiliza a tecnologia de raios-X para determinar a propriedade de partículas “mil vezes menores do que um grão de sal”.

Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil

E, para arrematar, que o post já está longo demais, deixo uma receitinha de como construir um minhocário, a partir de garrafas pet! Melhor do que isto…

Extraído do Blog “Verde Segredo“, que vale à pena visitar.

 

 

Materiais necessários para cada minhocário
Uma garrafa pet de 2 litros e uma menor de água mineral brita ou pedrinhas, terra, saco de lixo preto, minhocas.Procedimentos
Corte a garrafa pet tirando o bocal. No fundo da garrafa pet coloque brita (não há necessidade de furar o fundo da pet). Sobre a brita coloque a garrafa menor (com água e tampa) dentro da garrafa pet. Ao redor, despeje a terra e largue as minhocas. Após terminar, utilize um saco de lixo escuro para envolver a garrafa, pois as minhocas não são acostumadas com claridade. Não é necessário molhar, pois a garrafinha com água fornece umidade para a terra, a não ser que seja uma região de excessivo calor, molhe de vez em quando, podendo colocar alguns lixos orgânicos sobre a terra para alimento das minhocas. Depois de dias, ao tirar o saco de volta da garrafa poderemos observar os caminhos das minhocas bem definidos. Volte a cobris com o saco de lixo evitando a luz para as minhocas.”

O projeto Minhocasa, pode ser conhecido clicando Aqui .


Sabiam que, depois de aprender tanto sobre minhocas eu acabei achando que elas são as melhores amigas do Homem?

 

Leia tambem Ecologista era sua Avó

Uma Horta Suspensa

Por Cristiane Marangon

Canteiros Suspensos

Os vasinhos vão comprovar a importância da terra e das plantas e despertar na turma a responsabilidade pela natureza

Para mostrar aos alunos que muitos dos alimentos que consomem são produzidos pela terra, nada como montar uma horta. O trabalho se torna ainda mais rico quando eles aprendem a plantar e a colher os vegetais. Mesmo que a escola não tenha uma área livre para esse fim, é possível desenvolver o trabalho.

O modelo aqui proposto, com vasos feitos de garrafas PET, possibilita cultivar temperos, como salsinha e cebolinha (foto), ervas medicinais e flores, todas plantas com pouca raiz. Embora seja uma horta compacta, seus produtos podem ser consumidos. Aproveite-os no enriquecimento da merenda escolar.

Quando o trabalho é desenvolvido com crianças, prefira as sementes às mudas. Assim elas podem acompanhar todo o processo de germinação. Ensine a turma que para as plantas crescerem viçosas é necessário que tomem cinco horas de sol por dia. Por isso, devem ficar fora da sala de aula. Também precisam de água diariamente. No período de calor, são duas regas, uma de manhã bem cedo e outra no final da tarde. Na hora da colheita, um cuidado é essencial para evitar que as raízes da salsinha e da cebolinha morram: cortar as ervas três dedos acima da terra.

De acordo com Marcelo Alexander Mattiuci, coordenador de Educação Ambiental da Associação Ituana de Proteção Ambiental, o fato de a horta estar vistosa não é o mais importante num trabalho desse tipo. “O que realmente interessa é que o aluno crie responsabilidade em torno de tudo o que diz respeito à natureza e também ao lugar em que vive, como a escola, ou a sua casa.”

Material necessário

  3 garrafas PET vaziasMaterial
  3 suportes para floreira
  1,2 quilos de terra
  800 gramas de adubo
  1 quilo de areia
  Sementes de salsinha e   cebolinha
 Água
 Estilete
 Tesoura
12 parafusos com bucha
Pá e rastelo

Como fazer

1. Corte as garrafas
Com o estilete, faça uma abertura de 13 por 20 centímetros nas três garrafas. Duas delas, que servirão de jardineiras, devem ser furadas na parte de baixo para que a água escorra (foto). A terceira garrafa terá a função de armazenar a água excedente da rega.

Cortando a garrafa PET

 2. Prepare a terra
Misture três partes de terra com duas de esterco de gado bem curtido, que não tem cheiro como o de galinha. Coloque a terra em duas garrafas, plante as sementes e regue.

3. Evite a água parada
Coloque areia na terceira garrafa, que funcionará como prato. Assim, você impede que surjam na água focos de mosquito da dengue.

4. Pendure a horta
Escolha uma parede em que bata bastante sol e fixe os suportes, deixando 20 centímetros de espaço entre um e outro. Pendure as jardineiras a uma altura que permita às crianças ver as plantas.

faca_5.jpg

Outra opção
Se você preferir, pode montar sua hortinha utilizando outros modelos de suporte.
No mercado existem vários tipos. Outra opção é pendurar as garrafas com cordas finas, que são mais baratas. Para deixar os vasos ainda mais bonitos, pinte-os com tinta acrílica, como o da foto ao lado.

Outra dica interessante da Gilda Lima, lá do Multiply, é que se pode plantar pimentões, a partir das sementes que descascamos! Eu aqui, planto tomates e vou tentar plantar nesses vasinhos estilosos também! Abriu a geladeira e o tempero acabou ou está murcho? Não tem problema, vamos pegar lá na horta da varanda!

Fonte: http://novaescola.abril.com.br

Até as Cascas! Dicas para economizar de forma saudável

 

 Algumas atitudes comuns do dia a dia praticadas pela maioria da população, como por exemplo, cozinhar os alimentos como cenoura, chuchu, e legumes em geral sem a casca, podem retirar as barreiras naturais de proteção destes alimentos contra a perda de seus elementos nutritivos durante a fervura. Excluindo a casca comestível de algumas frutas, acabamos perdendo muitas fibras, que são importantíssimas para o bom funcionamento do intestino. Também não se deve cozinhar os legumes em água e depois jogá-la fora, já que todas as  vitaminas hidrossolúveis (aquelas diluídas na água) se perdem. 

Você quer saber mais dicas? 

  • Dicas para evitar maiores perdas dos alimentos:

  • Quando for usar uma metade de abacate, deixe a outra com o caroço – isso evita que ela se deteriore com rapidez;

  • A abóbora é altamente nutritiva, e devemos nos lembrar de aproveitá-la inteira: casca, folhas, polpa e o cabo. Seus caroços, quando torrados com sal, servem como aperitivo. Use o mesmo procedimento para a soja e sementes do melão;

  • Cascas, talos e folhas das hortaliças são ricos em fibras e podem ser utilizados em refogados, sopas, bolinhos, recheios para tortas, farofa e etc;

  • Não adicione bicarbonato de sódio ou outras substâncias químicas na água do cozimento para acentuar sua cor. Alguns nutrientes são destruídos por elas;

Agora, aprenda a reaproveitar sobras de alimentos em algumas receitas interessantes com ingredientes que você nunca pensou em utilizar na sua cozinha:

Pó de Casca de Ovo Separe a casca, ferva por cinco minutos e seque ao sol. Bata no liquidificador e depois passe por um pano fino. Deve ficar como pó. Utilize uma colherinha nos refogados, sopas, arroz, feijão, molhos, etc.. O pó de casca de ovo é riquíssimo em cálcio, nutriente importante para o crescimento e prevenção da osteoporose, na gravidez e amamentação.

Talos de Agrião Faça bolinhos ou refogados com carne moída.

Folhas de Brócolis ao Forno

600 g de folhas de brócolis (1 pé)
2 ovos batidos
2 colheres (sopa) de margarina
¼ xícara (chá) de farinha de rosca
2 colheres (sopa) de queijo ralado
sal à gosto
Cozinhe um pouco as folhas de brócolis com sal e escorra. Misture a farinha de rosca com a margarina derretida e junte todos os outros ingredientes, menos o queijo ralado que deve ser salpicado por cima. Asse em forno moderado por 30 à 40 minutos.

Cascas de Goiaba

Lave-as bem e bata-as no liqüidificador com água. Adoce à gosto.

Cascas da Maçã

Utilize-as no preparo de sucos e chás.

Doce de Casca de Maracujá

Lave 6 maracujás, descasque-os deixando toda a parte branca e dura com água. Deixe de molho de um dia para outro. Escorra, coloque em uma panela com 2 xícaras de açúcar e 3 xícaras de água. Deixe apurar. Se desejar acrescente canela.

Folhas de Couve-Flor

Prepare sopas com folhas desta hortaliça.

Bolinhos de Folhas de Beterraba

1 copo de talos e folhas lavadas e picadas
2 ovos
5 colheres (sopa) de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de água
Cebola picada
Sal à gosto
Óleo para fritar
Bata bem os ovos e misture os outros ingredientes. Frite os bolinhos em óleo quente e escorra em papel absorvente.

Folhas de Uva

Podem ser enroladas com carne moída e servidas com molho de tomate.

Folhas de Figo

Pode-se utilizá-las no preparo de licores, chás ou xaropes.

Doce de Casca de Banana

5 copos de cascas de banana nanica, bem lavadas e picadas
2 1/2 copos de açúcar.
Cozinhe as cascas, em pouca água, até amolecerem. Retire do fogo, escorra, reserve o caldo do cozimento e deixe esfriar. Bata as cascas e o caldo no liqüidificador e passe por peneira grossa. Junte o açúcar e leve novamente ao fogo lento. Mexendo sempre, até o doce desprender do fundo da panela.

Aperitivo de Cascas de Batata

Cascas de batata
Óleo e sal.
Lave as cascas e frite-as em óleo quente, até ficarem douradas e sequinhas. Tempere à gosto.

Pó de Folha de Mandioca

A folha de mandioca é rica em vitaminas e ferro. Seque as folhas de mandioca na sombra e depois bata no liqüidificador. Use uma pitada de sal ao preparar um prato.

Molho de Cascas de Berinjela para Massas

2 dentes de alho picados
3 colheres (sopa) de óleo
2 copos de cascas de berinjelas cortadas em tiras de 1 cm de largura.
1 1/2 copo de água
Sal e pimenta do reino à gosto
1 colher (chá) de orégano
4 tomates sem pele e sem sementes ou
6 colheres (sopa) de polpa de tomate.
Doure o alho no óleo. Junte as cascas de berinjelas e refogue por 5 minutos. Junte a água, o sal, a pimenta do reino, o orégano e os tomates. Cozinhe por uns 5 minutos até engrossar ligeiramente. Dá para meio pacote da massa de sua preferência.

Bolinho de Talo de Brócolis

2 xícaras (chá) de talos de brócolis cozido
2 ovos
1 cebola média picada
Sal à gosto
6 colheres (sopa) de farinha de trigo
Óleo para fritar.
Bata no liqüidificador os talos cozidos juntamente com os ovos. Retire e misture os ingredientes restantes. Frite as colheradas em óleo quente.

Rama de Cenoura

Com o ramo de cenoura, experimente preparar bolinhos, sopas, refogados e enriquecer tortas e suflês .

Ramas de Cenoura Crocantes

1 xícara de farinha de trigo
1 colher (sopa) de óleo
Sal a gosto
30 raminhos de folhas de cenoura
Óleo para fritar
Misture a farinha com o óleo, o sal e 1/2 xícara de água. Passe ligeiramente os raminhos na massa sem cobrí-los totalmente e frite no óleo quente.

Doce de Casca de Melancia

Cascas de 1/2 melancia
1/2 kg. de açúcar
Cravo à gosto
Canela em pau à gosto
Remova a parte verde da casca, passe a polpa branca pelo ralador grosso e reserve. Misture o açúcar com 1/2 copo de água, junte cravo, canela e faça uma calda deixando ferver por 10 minutos .

Patê de Talos de Legumes

2 colheres de talos de beterraba e de espinafre
1 copo de ricota ou maionese
Sal e pimenta à gosto.
Bata tudo no liqüidificador. Sirva gelado.

Pudim de Casca de Goiaba

1 copo de suco de casca de goiaba
1 copo de água
2 colheres bem cheias de maisena
3 colheres bem cheias de açúcar.
Dissolva a maisena, junte os demais ingredientes e misture bem. Leve ao fogo mexendo sempre até engrossar. Despeje em forma umedecida e leve à geladeira.

Geléia de Casca de Abacaxi

Cascas de um abacaxi
4 copos de água
Açúcar, o quanto baste
3 colheres bem cheias de maisena .
Lave com uma escovinha as cascas do abacaxi. Bata as cascas junto com a água no liqüidificador. Passe por uma peneira. Junte o açúcar e a maisena dissolvida. Leve ao fogo e deixe cozinhar bem. Despeje em pirex previamente umedecido. Sirva gelado.

A receita abaixo foi extraída do livro “Diga não ao desperdício” – Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo

Doce de Casca de Abacaxi com Côco

Casca de 1 abacaxi picada
2 xícaras (chá) de açúcar
1 pacote de 100g de côco ralado
1 colher (sopa) de margarina
Descasque 1 abacaxi, lave a casca e ferva com um pouco de água.
Bata a mistura no liquidificador e coe.
A parte que ficou na peneira leve ao fogo em uma panela e acrescente o açúcar, o côco, a margarina e o cravo, se quiser.
Mexa sempre até desprender do fundo da panela. Dá 16 porções

Por
Equipe de Jornalismo
Planeta Natural
jornalismo@planetanatural.com.br

Quer saber mais sobre o assunto?

Visite a Comunidade no Orkut: Nada se Perde, Tudo se Aproveita,  que fica em http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=13790462 

 

Assista o vídeo excelente do Globo Repórter onde se aprende a fazer “Sal de Ervas”, que é uma mistura simples, excelente para combater o colesterol e a pressão alta, além de dar mais dicas sobre o cozimento dos alimentos em tempo mínimo, numa economia de gás e a manutenção dos nutrientes dos vegetais. O bolso agradece, além da nossa saúde (e a do Planeta também)! Clique na imagem abaixo, para assistir .

Globo Repórter

Assista ainda o vídeo do Programa Cidades & Soluções, com o Jornalista André Trigueiro, dessa vez, falando sobre o desperdício e iniciativas de alguns CEASAS de cidades do Brasil. Porque não no Rio de Janeiro ? Essa é a pergunta que não quer calar.

Ecologista era a sua Avó!

Pergunte à sua Avó:

Galinhas no Quintal

Se ela já teve um quintal onde criava galinhas e patos, além de gatos, cachorros e um papagaio ou maritaca que apareceu, fugindo de algum vizinho …

Pergunte à sua avó se ela jogava restos de verdura para as galinhas, se usava borra de pó de café nas plantas, se jogava cascas de legumes no jardim para fazer “adubo” e  se não aproveitava todo pão dormido para fazer farinha de rosca ou torradinhas para acompanhar a sopa. Pergunte a ela se ela fazia goma em casa e se sabia de um cházinho para cólicas menstruais.

No quintal de nossos avós, haviam árvores, enormes, já centenárias e plantinhas de todos os tipos que eles cuidavam, sem que soubéssemos o nome mas protegiam-nas de nossa curiosidade cruel, dizendo “não arranque as folhas, elas sentem dor”.  Nossas avós sabiam fazer chás de ervas que curavam resfriado, tosse, conheciam como usar sabugueiro para fazer desaparecer as vesículas de catapora,  não usavam óleo de soja e sobreviveram, não usavam caldo Knorr mas sabiam fazer um guisado ou ensopado como ninguém e tudo tinha um sabor diferente, típico de casa de avó. Não haviam saponáceos para tirar limo de banheiro e elas lavavam o rosto, pela manhã, com água e sabão de coco… Sobreviveram à falta de shampoos variados e esfoliantes para a pele. Muitas, como a minha mãe, só foram usar máquinas de lavar há coisa de poucos anos e sobreviveram. Não haviam absorventes higiênicos, recheados de algodão, nem fraldas descartáveis e eu me lembro da minha mãe lavando dezenas de fraldas de pano para minha filha, as fraldas balançando ao sol, clarinhas, cheirosas, limpinhas.  

 Quando olhamos para trás, na maior parte das vezes constatamos que nossos avós foram muito mais pobres do que nós e lutaram muito para conseguir alguma coisa. A maioria morreu sem conseguir grandes avanços materiais e enriquecimentos, mas apesar disso, viviam tranquilos, certos de que Deus estava no controle das coisas e que o que “tinha de ser” acabaria sendo, de uma forma ou de outra. Também falavam do futuro, um futuro distante, quando o homem teria dinheiro para comprar e não teria o que comprar. falavam que o mundo ia se acabar em fogo, já que havia se acabado em água uma vez (mencionando o grande dilúvio).

 Nossa sociedade rapidamente “evoluiu” e hoje dizemos  ser impossível viver sem os confortos da sociedade moderna. Nem pensar em não ter um microondas, ou como sobreviver sem uma boa máquina de lavar ou um aparelho de ar condicionado? Às vezes a gente pega o carro para ir à esquina e não se dá conta de que isso tem um “custo”.

Com o rótulo da praticidade, a mulher moderna pode trabalhar fora e voltar feliz, sabendo que um jantar congelado a espera, cheio de temperos artificiais, que dão sabor especial e a sensação de “dever cumprido” à todas nós.  Alimentamos nossas famílias, com enlatados, congelados, embutidos, hamburgueres e frios. Já existem até mercados vendendo legumes e verduras picados, maravilha das maravilhas… Caminhamos para  um mundo do ócio perfeito, onde sobraria, teoricamente, mais tempo para o lazer e a felicidade.

Felicidade

Toda felicidade tem um preço, toda ação, uma reação.  O custo de tamanho conforto e praticidade é o esgotamento dos recursos renováveis do planeta. Não, não estou falando de petróleo nem de água. Estou falando das outras coisas que não se mensura, tais como a capacidade de recuperação dos oceanos, entulhados de partículas de plástico, derivadas do imenso depósito que ali se amontoa, dos produtos que diariamente escoamos pelos ralos. Falo dos papéis que não reciclamos, que não reutilizamos, que não evitamos de imprimir.  Falo do ar condicionado ligado horas antes para deixar o quarto “mais fresquinho” na hora de dormir. Falo de quilos de pilhas que descartamos sem culpa, no Meio Ambiente, poluindo o ambiente inteiro, casa Terra, onde nós e nossos irmãos menores, os animais irracionais habitamos.

Devemos perguntar rapidamente às nossas avós, como era a vida no antigamente delas e tenha certeza de que o que elas vão ensinar, não tem nada a ver com coisas cafonas, fora de moda, absurdas. O que elas têm prá ensinar, serão primordiais e providenciais para nossa urgente e necessária nova forma de viver. Por escolha, ou por imposição das profundas mudanças climáticas que já se fazem presentes. Ainda podemos escolher. O que não podemos mais é, sequer cogitar, não mudar nada. 

Prá finalizar, pergunte à sua avó se ela tinha uma bolsa enorme feita de vime ou de nylon, que serviu durante anos para fazer compras e antes que fosse descartada por estar rasgando, transportou toneladas de alimentos para famílias que se reuniam felizes ao redor da mesa, nos almoços de domingo.

Seria preciso que voltássemos ao tempo das nossas avós para sentir a tranquilidade, a segurança e a felicidade que não conseguimos nos nossos tempos modernos, tecnológicos e tão incertos, como nunca antes foram.

Cláudia Costa

Este cartaz foi veiculado recentemente e amplamente distribuído numa parceria do Projeto Tamar-IBAMA e o Aquário de Ubatuba.

Biologia na Compostagem

Mais uma vez, o assunto é o Lixo nosso de cada dia.

Introdução


Foto cedida por Karim Nice
A compostagem caseira é o modo ideal para reduzir resíduos sólidos

Os americanos geram aproximadamente 210 milhões de toneladas de lixo ou resíduos sólidos, anualmente. A maior parte desse lixo (57%) é colocada em depósitos de lixo municipais. Aproximadamente 56 milhões de toneladas (27%) são recuperadas através da reciclagem, no caso de vidros, produtos de papel, plástico ou metais ou através da compostagem, no caso do lixo de quintal. A compostagem é um método para tratamento dos resíduos sólidos no qual o material orgânico é decomposto por microorganismos na presença de oxigênio até o ponto em que poderá ser armazenado e manuseado com segurança e aplicado ao meio ambiente. A compostagem é essencial  na redução de resíduos domésticos. Ela pode ser feita sem muitos gastos em qualquer domicílio e produz o composto fertilizante ou húmus, que pode beneficiar o meio ambiente como fertilizante natural em jardins e na agricultura.

Neste artigo, veremos o que acontece quando o resíduo sólido é transformado em fertilizante, como você pode fazer seu próprio fertilizante, quais os benefícios em se transformar lixo em fertilizante e como você pode fazer uma coluna de compostagem de bancada para estudar a transformação do lixo em fertilizante no laboratório da sala de aula ou no estande de uma feira de ciências.

 

Biologia na compostagem

A compostagem cria as condições ideais para os processos de decomposição e apodrecimento que acontecem na natureza. Ela requer o seguinte material:

  • resíduos orgânicos: jornais, folhas, grama, restos de cozinha (frutas, vegetais), materiais de madeira
  • terra: fonte de microorganismos
  • agua
  • ar: fonte de oxigênio
Auditoria do lixoQuanto lixo você produz em um ano? Que tipo de coisas você joga fora? Quanto pode ser reduzido pela reciclagem ou pela compostagem? Para responder estas perguntas, faça uma auditoria do lixo (veja abaixo).

Durante a compostagem, os microorganismos da terra comem os resíduos orgânicos (contendo carbono) e os decompõem em suas menores partes. Isto produz um húmus rico em fibras, contendo carbono, com nutrientes inorgânicos como nitrogênio, fósforo e potássio. Os microorganismos decompõem o material através da respiração aeróbica e precisam de oxigênio do ar. Eles também precisam de água para viver e multiplicar. Através do processo da respiração, os microorganismos liberam dióxido de carbono e calor e as temperaturas dentro das pilhas de compostagem podem atingir de 28°C a 66°C. Se a pilha ou recipiente de compostagem for ativamente cuidada, remexida e regada com água regularmente, o processo de decomposição e formação da compostagem final pode acontecer em apenas duas ou três semanas (do contrário, poderá levar meses).


O processo de compostagem

As condições de compostagem devem ser balanceadas para uma decomposição eficiente. Deverá haver:

  • ar em abundância: a mistura deve ser remexida diariamente ou a cada dois dias;
  • água suficiente: a mistura deve ser umedecida, mas não encharcada;
  • mistura apropriada de carbono e nitrogênio: a relação deve ser de aproximadamente 30:1 (consulte Elementos da compostagem: relação C:N e Pilha virtual para detalhes- em inglês);
  • tamanho de partícula pequeno: pedaços grandes devem ser desmembrados, pois partículas pequenas se decompõem mais rapidamente;
  • quantidade de terra adequada: deve fornecer microorganismos suficientes para o processo.

A pilha de compostagem tem, na verdade, uma organização complexa de organismos vivos ou cadeia alimentar. As bactérias e os fungos decompõem primeiramente a matéria orgânica do lixo. Organismos de uma única célula (protozoários), pequenos vermes (nematódeos) e aracnídeos se alimentam das bactérias e fungos. Nematódeos e aracnídeos predatórios e outros invertebrados (piolhos d’água, miriópodes, besouros) se alimentam dos protozoários. Todos esses organismos trabalham para balancear a população de organismos dentro do composto, o que aumenta a eficiência do processo inteiro.

Por que fazer a compostagem?O principal objetivo da compostagem é reduzir a quantidade de resíduos sólidos que você produz. Se você reduzir os resíduos sólidos, poupará espaço nos depósitos de lixo municipais, fazendo com que seus impostos sejam reduzidos. O composto acabado tem a vantagem de ser um útil fertilizante natural, sendo ambientalmente mais amigável do que fertilizantes sintéticos.

Fazendo a Compostagem


Foto cedida por Karim Nice
Onde você quer colocar sua pilha de compostagem?

Para realizar a compostagem, você deve fazer o seguinte:

  • escolha um lugar para a pilha de compostagem
  • escolha uma estrutura
  • adicione os ingredientes
  • cuide e alimente a pilha de compostagem
  • colha o composto acabado para uso

Escolha um lugar
Escolher bem o local onde você vai querer colocar sua pilha de compostagem é importante. Você vai querer fabricar seu fertilizante longe da sua casa, mas não tão longe que você não queira sair para ter de cuidar disso. Da mesma forma, você não vai querer que fique muito perto dos limites de sua propriedade porque seus vizinhos poderão reclamar. Uma parte da resposta pode ser ditada pela regulamentação domiciliar local ou pelas regras da organização dos proprietários que podem especificar onde a pilha de compostagem poderá ser localizada. Outros fatores a serem considerados incluem o seguinte:

  • vento a favor de sua casa: mesmo uma pilha de compostagem bem cuidada pode, ocasionalmente, emitir odores desagradáveis;
  • vento: Apesar de o vento fornecer ar, muito vento pode secar e/ou espalhar o material;
  • luz do sol: a luz do sol pode ajudar a aquecer a pilha de compostagem no inverno, mas muito sol pode secar o produto. Se a pilha estiver localizada sob uma árvore caidiça, você terá a sombra refrescante no verão e a luz do sol no inverno;
  • drenagem: você precisa de uma boa drenagem para que a água não acumule perto da pilha;
  • superfície: terra descoberta é melhor do que concreto. Certifique-se de deixar uma área suficiente para você poder trabalhar ao redor da pilha (cerca de 2 m).

Escolha uma estrutura
As estruturas para fazer fertilizante podem ser tão simples como um empilhador onde você vai amontoando todos os ingredientes e deixa a natureza seguir seu curso. Esta é a compostagem passiva. A compostagem passiva é menos eficiente e mais vagarosa do que a compostagem ativa, na qual você controla o processo de compostagem diariamente.


As estruturas para compostagem se apresentam em vários formatos

Foto cedida por Karim Nice
Unidade caseira para compostagem
disponível comercialmente

Você também pode construir recipientes para compostagem mais complicados feitos de cerca de arame, madeira ou blocos de concreto. Elas podem ser estruturas simples, de um só compartimento, no qual você adiciona novos materiais na parte de cima, remexe o composto freqüentemente e colhe o fertilizante pronto na parte de baixo.

Elas também podem ser estruturas com vários compartimentos (três compartimentos) nos quais você adiciona o material novo a um compartimento, transfere o composto parcialmente completado para o compartimento do meio e move o composto finalizado para o compartimento final. Uma tampa deverá cobrir a parte de cima do compartimento para minimizar o excesso de água da chuva e reduzir o espalhamento pelo vento. Muitos tipos de recipientes de compostagem estão disponíveis comercialmente.

A escolha depende inteiramente do esforço e gastos que você deseja dedicar ao projeto, bem como a quantidade de fertilizante que você deseja fazer. Da mesma forma, os regulamentos locais podem ditar que tipo de recipiente poderá ser usado.

Adicione os ingredientes

Compostagem de carne e laticíniosA carne e os laticínios são ricos em gordura. Esses materiais causarão um odor desagradável se adicionados a uma pilha passiva ou a uma pilha de compostagem ativa mal administrada. Para uma pilha de compostagem bem remexida e quente, os resíduos de carne e laticínios não causam problema. No entanto, é melhor passar os resíduos em um liquidificador ou processador de alimentos para reduzir seu tamanho e acelerar sua decomposição.

Você pode fazer a compostagem dos seguintes materiais facilmente:

  • Restos de cozinha: é melhor cortar ou triturar os resíduos para que possam decompor mais rápido.
    • resíduos de frutas e vegetais: cascas, peles, sementes, folhas
    • cascas de ovos
    • grãos de café (inclusive filtros de papel), saquinhos de chá, guardanapos de papel usados
    • espigas de milho: devem ser trituradas para poder decompor rapidamente
    • produtos feitos de carne/laticínios: veja quadro ao lado
  • Resíduos do quintal
    • aparas de grama: um pouco de grama, tudo bem, mas muita quantidade irá adicionar um excesso de nitrogênio à pilha de compostagem, fazendo com que cheire mal. Seria melhor usar um aparador de grama com distribuidor de aparas para a sua grama.
    • folhas
    • agulhas de pinho
    • ervas daninhas
    • materiais de madeira (galhos, ramos)
    • palha ou forragem
  • Jornais
  • Erva marinha, alga marinha ou forragem de grama no pântano: se você vive perto da praia e for permitida a colheita destes materiais, eles são excelentes e ricos em nutrientes. Lave-os ou enxágüe-os totalmente em água fresca para remover o excesso de sal antes de adicioná-los à sua pilha de compostagem.
  • Serragem: esta é uma excelente fonte de carbono.

Foto cedida por Karim Nice
Resíduos de cozinha e do quintal em um recipiente para compostagem

Os materiais a seguir NÃO DEVERÃO SER USADOS PARA COMPOSTAGEM:

  • Resíduos humanos ou dejetos de animais domésticos: eles carregam doenças e parasitas, bem como causam odor desagradável.
  • Plantas doentes do jardim: elas podem infectar a pilha de compostagem e influenciar no produto final.
  • Ervas daninhas invasoras: as esporas e as sementes das ervas daninhas invasoras (ranúnculo amarelo, glória da manhã, grama-curandeiro) podem sobreviver ao processo de decomposição e se espalhar às suas queridas plantas quando você usar o produto final.
  • Cinzas de carvão: elas são tóxicas para os microorganismos da terra.
  • Papel lustroso: as tintas são tóxicas para os microorganismos da terra.
  • Plantas tratadas com pesticidas: são perigosas para os organismos da cadeia de alimentação do fertilizante e os pesticidas podem sobreviver dentro do produto final.

Cubra os materiais para compostagem com muita terra no recipiente de preparação do fertilizante. Algumas fontes dizem que é melhor colocar materiais ricos em carbono e nitrogênio em camadas alternadas. Adicionar água para umedecer o composto, mas não encharcar. Remexa o composto com uma pá ou garfo de adubar para misturá-lo e fornecer bastante ar.

Cuidados e alimentação
Adicione novas camadas de material de compostagem na parte de cima junto com terra fresca. Regue o recipiente de compostagem regularmente para manter o composto umedecido. Remexa o composto todos os dias ou a cada dois dias, para assegurar o fornecimento adequado de oxigênio. Com alguns recipientes, você pode eliminar a necessidade de remexer o composto, inserindo canos de PVC perfurados dentro dos recipientes para ter um fornecimento regular de ar.

Compostagem usando minhocasAs minhocas podem reduzir o tempo de compostagem em até 50%. Você pode semear sua pilha de compostagem com minhocas da terra ou comprar minhocas especiais para compostagem. Você também pode armar uma caixa de minhocas do lado de fora da casa para processar resíduos de cozinha e dejetos de carne. Consulte a seção Mais informações para outros detalhes sobre compostagem usando minhocas.

À medida que você adiciona novas camadas e remexe o composto, você estará misturando novas camadas de lixo intacto com camadas parcialmente decompostas. O material quase (parcialmente) acabado assentará no fundo porque as partículas são menores. O fertilizante final sairá pelo lado inferior do recipiente. Nos sistemas de três recipientes, você adiciona lixo intacto ao primeiro recipiente e transfere efetivamente o composto parcial e final para o segundo e terceiro recipientes.

Aqui estão alguns sinais de que sua pilha de compostagem está funcionando adequadamente:

  • não cheira mal. Ela deve ter um cheiro doce de terra como um musgo de turfa;
  • é quente. Os microorganismos ficam “cozinhando” e você pode ver até algum vapor saindo da pilha, especialmente em uma manhã fria;
  • pode ser que você veja algumas bolhas de gás na pilha, porque o dióxido de carbono vai sendo liberado quando os microorganismos fazem seu trabalho.

Coletar o produto final
O produto final será coletado na parte inferior do recipiente em um sistema de um só recipiente ou no terceiro recipiente em um sistema de três recipientes. Não há uma definição exata de quando o fertilizante está pronto. Basicamente, se você pensa que está pronto, está pronto. Aqui estão alguns parâmetros que podem ser usados para julgar isto.

  • Temperatura: depois de remexer a pilha, meça a temperatura. Se estiver abaixo de 38°C, provavelmente já está pronto.
  • Aparência: o material parece pelo menos 50% decomposto? Você consegue reconhecer alguma coisa nele parecida com o lixo que foi colocado?
  • Tamanho: o volume do composto foi reduzido de 50% a 75%?
  • Cor: está marrom escuro ou preto?
  • Textura: está macia ou esfarelada?
  • Cheiro: cheira como terra?

Quando a compostagem terminar, o seu fertilizante estará pronto para ser usado. Os fertilizantes podem fazer o seguinte:

  • melhorar a estrutura do terreno no seu jardim ou quintal
  • aumentar a atividade dos micróbios da terra
  • enriquecer os nutrientes da terra
  • melhorar a química do seu solo, particularmente o grau de acidez (pH)
  • isolar as alterações na temperatura da terra em volta de plantas e árvores
  • melhorar a resistência a insetos e doenças das plantas e árvores do seu jardim

A maioria dos praticantes de compostagem caseira usa seu produto acabado em volta da própria casa, das árvores ou jardins. Alguns deles vendem seus compostos finais a creches locais ou outros jardineiros vizinhos.

Fazendo uma Coluna de CompostagemVocê pode fazer colunas de compostagem para estudar o processo de compostagem em pequena escala, para experiências científicas caseiras e projetos de feiras de ciências. As colunas de compostagem podem ser feitas facilmente com os seguintes materiais:

  • três garrafas de refrigerante de 2 litros, de plástico transparente, com tampa: limpas, com os rótulos removidos
  • tela de janela: pedaço quadrado de 5 cm x 5 cm (lojas de materiais devem ter pedaços de retalhos neste tamanho)
  • pedaço de fio: 15 cm de comprimento. Fio de moldura de retrato ou fio elétrico serve (lojas de materiais devem ter pedaços de retalhos disponíveis)
  • pequeno prego, espeto ou agulha de dissecação
  • fita de embalagem plástica, transparente
  • filtro de café: do tipo cesto
  • um par de meia-calça
  • tesoura
  • jornais
  • terra
  • lixo a ser compostado

Montagem da coluna de compostagem a partir dos pedaços das garrafas de refrigerante de 2 litros (em cima, à esquerda): a tela de janela é enrolada em volta da garrafa 3 (em cima, à direita), furos de ar são feitos nas garrafas 2 e 3 com uma agulha (parte inferior, à direita e esquerda)

Para montar a coluna de compostagem, siga os passos abaixo. 

  1. Use a tesoura para cortar as três garrafas como mostrado acima. Corte a garrafa 1 pela metade e corte a parte superior logo abaixo da curva. Corte a parte superior e inferior da garrafa 2 na altura das partes curvadas. Corte a parte inferior da garrafa 3 na altura da parte curvada.
  2. Pegue a garrafa 3, enrole a tela de janela sobre a boca da garrafa e prenda a tela abaixo do gargalo com o fio, como mostrado acima.
  3. Com o prego, espeto ou agulha, faça vários furos de ar nas laterais das garrafas 2 e 3, como mostrado acima.
  4. Coloque a garrafa 3 de cabeça para baixo na metade inferior que foi cortada da garrafa 1, como mostrado abaixo, e prenda-a com a fita. Será melhor usar alguns pedaços de fita que você possa remover periodicamente para drenar a água que será armazenada na metade inferior.
  5. Coloque a garrafa 2 dentro da garrafa 3, como mostrado abaixo, e prenda-a com a fita.
  6. Pegue a parte superior da garrafa 1, com a tampa, e use-a para cobrir a extremidade aberta da garrafa 2. Esta será a tampa da coluna de compostagem finalizada, como mostrado abaixo.

Montando os pedaços da coluna de compostagem (a fita foi omitida para maior clareza)

Para carregar a coluna de compostagem, siga os procedimentos.

  1. Coloque o filtro de café rente ao fundo da garrafa 2 deixando assentar logo acima da abertura. O filtro de café atua como um pré-filtro para impedir que a tela fique entupida com partículas de terra.

Filtro de café usado como pré-filtro
  1. Em uma folha de jornal, misture a terra e o lixo a ser compostado. Você pode experimentar as relações entre as quantidades de terra e lixo usadas.
  2. Encha a coluna de compostagem com a mistura de terra/lixo.
  3. Tampe a coluna de compostagem. Prenda a tampa com a fita.
  4. Adicione água à coluna através da garrafa superior (tampa). Você pode medir a quantidade de água que quiser e verificar qual quantidade funcionará melhor. A água será filtrada através da mistura de terra/lixo e coletada no fundo. Você terá de drenar o fundo periodicamente.
  5. Corte uma das pernas da meia-calça, vire-a de cabeça para baixo e cubra a coluna de compostagem com ela. A cobertura de meia-calça serve para evitar que moscas e mosquitos de frutas fiquem entrando e saindo da coluna.

Você terá de adicionar água e drenar o fundo diariamente ou a cada dois dias. Você pode remexer o composto se quiser, mas também pode deixar como está, pois os furos de ar nas laterais fornecem ventilação suficiente.Veja aqui algumas experiências que você pode fazer com sua coluna.

  • Pese a coluna diariamente e faça um gráfico da alteração de peso à medida que a compostagem se desenvolver.
  • Monitore e faça um gráfico da quantidade de água usada pela coluna diariamente. Faça isso subtraindo o volume de água coletado no fundo do volume de água que você adicionou na parte superior.
  • Meça a temperatura da coluna com um termômetro de solo diariamente e faça um gráfico.
  • Faça um registro da aparência do lixo na coluna diariamente. Quanto tempo leva para a decomposição?
  • Colha a água da drenagem e analise-a em um microscópio para ver os organismos microscópicos que vivem no composto.

Auditoria do lixo

Quanto lixo sua família produz em um ano? Que tipo de coisas você joga fora? Quanto pode ser reduzido pela reciclagem ou pelo processo de transformação de lixo em fertilizante? Para responder estas perguntas, execute uma auditoria do lixo.

  1. Faça uma estimativa do lixo total que você produz em um ano:
    • separe uma quantidade de lixo de uma semana em sacos de lixo e pese ou estime o volume de cada saco. Assuma que o saco é uma bola, então volume = 4,19 x

      raio3;

    • multiplique o peso ou volume por 52 semanas.
  2. Determine a composição do lixo da sua família:
    • usando luvas de borracha, pegue cada saco de lixo e separe o lixo em vários sacos de lixo por várias categorias como vidro, jornais, garrafas de plástico, latas de alumínio, papel branco, papel impresso/revistas, resíduos de frutas/vegetais, resíduos de carne/laticínios, outros resíduos e resíduos do quintal;
    • lacre e pese ou estime o volume de cada saco de categoria individual (volume = 4,19 x raio3).
  3. Determine a porcentagem do lixo total para cada categoria:
    • divida o peso ou volume do saco de lixo de cada categoria pelo peso ou volume do lixo combinado;
    • multiplique cada quociente por 100.
  4. Olhe as categorias e determine que porcentagem de lixo você pode reduzir, reciclando ou compostando.
    • você pode reciclar itens tais como vidro, jornais, papel impresso, latas de alumínio, folhas de alumínio e garrafas de plástico;
    • você pode compostar jornais, resíduos de quintal e a maioria dos restos de cozinha (apesar de que produtos feitos de carnes/laticínios têm compostagem especial).
    • Você verá a quantidade de lixo formada só de embalagens (alguns produtos usam excesso de embalagem). Você pode reduzir esta categoria de lixo, comprando produtos com um mínimo de embalagem, tais como cereais em sacos e não em caixas.

Se você puder reduzir a produção do seu lixo reciclando e compostando, poderá poupar espaço no depósito de lixo e reduzir os gastos com resíduos em sua cidade.

(retirado do Folha Verde)http://mercedeslorenzo.multiply.com/journal/item/460/Como_funciona_a_compostagem

Nossa Fonte:  http://casa.hsw.uol.com.br/compostagem.htm