Cientistas responsabilizam celular por desaparecimento de abelhas

O desaparecimento de abelhas que alarmou a Europa e a América do Norte está sendo creditado, por alguns cientistas, ao crescimento do uso dos celulares, segundo o site do jornal britânico “Daily Telegraph”.

De acordo com o site, a Grã Bretanha teve uma queda de 15% na sua população de abelhas nos últimos dois anos.

Divulgação

Desaparecimento de abelhas está sendo creditado, por alguns cientistas, ao crescimento do uso dos celulares

Pesquisadores da Universidade Punjab dizem que a radiação dos telefones celulares é um fator chave no desaparecimento e alegam que isso está envolvendo nos sentidos de navegação das abelhas.

Segundo o “Daily Telegraph”, os cientistas fizeram um experimento durante três meses e compararam a situação das abelhas que estavam coexistindo com os celulares com as que não estavam.

As que estavam no ambiente com radiação de celular tiveram uma queda dramática no tamanho de sua colmeia e redução do número de ovos postos pela abelha rainha.

As abelhas também pararam de produzir mel.

Fonte: Folha de São Paulo

Projeto Minhocasa

Vamos esclarecer algumas coisas? O maior problema da atualidade, nas grandes cidades e que originou um problema do tamanho do mundo, parece se chamar lixo, certo?

Alguém se lembra de nossas avós/mães dizendo que algo era sujo ou estava fedendo, para nos impedir de brincar com algo que caiu no chão, por exemplo? Bem, eu me lembro…

Crescemos achando que o resíduo gerado em nossas cozinhas, o tal lixo úmido, era ruim, fedorento, asqueroso. Eu escrevo e imagino a leitora fazendo cara de nojo ao pensar numa terrível casca de … mamão! Ui!

Brincadeiras à parte, o problema do lixo nos acompanhou desde os tempos primordiais do Homem reunido em sociedades mais ou menos organizadas. Por ser considerado asqueroso, através dos séculos, o Lixo (com L maiúsculo, mesmo!) foi sendo literalmente jogado para baixo tapete, não somente por nós indivíduos componentes das Sociedades Urbanas mas, principalmente, pelas grandes indústrias. Esgoto jogado no Mar, resíduos de fábrica jogados nos rios, lençóis freáticos contaminados, enfim… um problema que agora explode na nossa cara e se chama Impacto Ambiental de proporções catastróficas.

E então se descobre que o Lixo Tóxico produzido pela China, na forma de placas de componentes eletrônicos (computadores, baterias de celular, pilhas, etc) acabam jogados aqui, num lixão em Gramacho ou em outra cidade de periferia do nosso País. Ficamos indignados, não é? Com efeito, algo precisa ser feito. Pressionar as autoridades para que criem uma melhor destinação para o Lixo Tóxico parece ser uma excelente medida mas, o que fazer com o lixo de nossa própria casa ? Para começar, vamos a partir de agora chamar todo e qualquer produto ou subproduto gerado pelo nosso consumo doméstico de “resíduo”.  O resíduo seco, papelão, vidro, latinhas de alumínio, etc, pela própria carência de nossas populações, esse, já tem destino certo, que o Brasil é o país das soluções por conta da inventividade (e da necessidade por que passa) o seu povo. O problema está nos tais resíduos “imundos”, o lixo úmido que acaba gerando mais metano, quando jogado nos lixões, e cujo resíduo, o chorume, vai contaminar, lá no fundo, lá embaixo da terra, os queridos e necessário lençóis freáticos…

Prá tomar conta desse problema ambiental, vigiar se as Indústrias estão jogando metais pesados em local proibido, derramando óleo em rio, em oceano, digamos que a gente tem a mídia e os órgãos constituídos por … nós.  E prá tomar conta desse resíduo que sai da nossa casa? Quem vamos chamar ?

Hoje eu trouxe um vídeo legal, que vai chocar a maioria das pessoas, então querido leitor, se você não tem estômago forte e sente nojo de minhocas, é melhor não clicar no Play. O vídeo que vou mostrar, ensina a construir um minhocário para casas e até apartamentos, que além de produzir humus que é o “adubo feito pelas minhocas”, permite equacionar o problema do resíduo de nossas cozinhas.

Projeto Minhocasa!

Enquanto estava escrevendo esse post, vi no Globo, um artigo que vale à pena transcrever e que só vem confirmar o que eu estava pesquisando.

“Cientistas descobriram como minhocas que consomem metal pesado acabam ajudando plantas a limpar solo contaminado.

Pesquisadores da Universidade de Reading, na Inglaterra, encontraram mudanças sutis nas propriedades de metais à medida que minhocas ingeriam e expeliam o solo onde esses metais se encontravam.

Essas mudanças fizeram com que fosse mais fácil para as plantas absorver metais pesados – altamente tóxicos e prejudiciais à saúde humana – da terra.

As plantas podem normalmente absorver metais pesados do solo e incorporá-los em seus tecidos, mas esse é um processo que pode levar bastante tempo.

Por isso, se as minhocas podem fazer com que os metais se tornem mais fáceis de ser absorvidos pelas plantas, elas se tornarão as “guerreiras ecológicas do século 21”, disseram os cientistas no British Association Science Festival, em Liverpool.

Segundo os pesquisadores, as minhocas são verdadeiros “detetives do solo”: a presença delas pode ser um indicativo sobre a saúde geral da terra.

Esse papel é possível porque as minhocas desenvolveram um mecanismo que permite que elas sobrevivam em solo contaminado com metais tóxicos, incluindo arsênio, chumbo, cobre e zinco.

“As minhocas produzem um tipo de proteína que envolve determinados metais e as mantêm seguras (de intoxicação)”, explicou o pesquisador Mark Hodson.

A análise dos metais foi possível com o uso de um equipamento chamado Diamond Light Source, que utiliza a tecnologia de raios-X para determinar a propriedade de partículas “mil vezes menores do que um grão de sal”.

Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil

E, para arrematar, que o post já está longo demais, deixo uma receitinha de como construir um minhocário, a partir de garrafas pet! Melhor do que isto…

Extraído do Blog “Verde Segredo“, que vale à pena visitar.

 

 

Materiais necessários para cada minhocário
Uma garrafa pet de 2 litros e uma menor de água mineral brita ou pedrinhas, terra, saco de lixo preto, minhocas.Procedimentos
Corte a garrafa pet tirando o bocal. No fundo da garrafa pet coloque brita (não há necessidade de furar o fundo da pet). Sobre a brita coloque a garrafa menor (com água e tampa) dentro da garrafa pet. Ao redor, despeje a terra e largue as minhocas. Após terminar, utilize um saco de lixo escuro para envolver a garrafa, pois as minhocas não são acostumadas com claridade. Não é necessário molhar, pois a garrafinha com água fornece umidade para a terra, a não ser que seja uma região de excessivo calor, molhe de vez em quando, podendo colocar alguns lixos orgânicos sobre a terra para alimento das minhocas. Depois de dias, ao tirar o saco de volta da garrafa poderemos observar os caminhos das minhocas bem definidos. Volte a cobris com o saco de lixo evitando a luz para as minhocas.”

O projeto Minhocasa, pode ser conhecido clicando Aqui .


Sabiam que, depois de aprender tanto sobre minhocas eu acabei achando que elas são as melhores amigas do Homem?

 

Leia tambem Ecologista era sua Avó

Desequilíbrio Ecológico – Taturanas Assassinas

Um alerta especial para a população

do Sul do Brasil.

 

Pode parecer nome de filme de terror mas é mais sério que isso. Com o desmatamento acentuado e o uso de agrotóxicos de forma sistêmica pelos agricultores, os predadores de algumas espécies acabam desaparecendo. Aqui falamos das vespas, predadoras naturais das lagartas e recentemente foi encontrada uma espécie rara e extremamente venenosa de lagartas numa residência localizada na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, o que deixou as autoridades sanitárias do Estado em alerta. Segundo os especialistas, o registro das taturanas assassinas na região comprovaria que o desequilíbrio ambiental na capital catarinense é responsável por problemas sérios, como a proliferação da temida espécie.

Marlene Zannin, professora de Toxicologia e coordenadora do CIT (Centro de Informações Toxicológicas) de Santa Catarina, órgão vinculado à diretoria de Vigilância Sanitária do Estado, destaca que cerca de 170 lagartas foram encontradas em duas colônias. Um jardineiro ficou curioso pois nunca havia visto a espécie e levou para identificação.

Ela afirma que quem tiver contato com o animal deve procurar atendimento médico imediato. “Quem encosta numa lagarta tem que procurar assistência nas primeiras horas e, de preferência, levar uma amostra do animal para análise”. Os centros de toxicologia dos hospitais são os mais indicados para orientarem a população sobre o que fazer caso novas taturanas sejam localizadas.

“É muito preocupante encontrar tantas lagartas em uma árvore no quintal, muito próximo da varanda da casa”, diz a professora. “Qualquer familiar poderia ter encostado nestas lagartas ou até os animais domésticos e o contato poderia resultar no envenenamento. Em Florianópolis nunca tínhamos coletado tantas lagartas juntas”.

Chamada de lonomia obliqua e também conhecidas popularmente como taturana assassina, a espécie chega a ter 8 centímetros de comprimento quando adulta e se caracteriza por possuir grandes espinhos verdes pelo corpo, em forma de pinheiro, e de viver em grupos alojadas em árvores. Nos espinhos, está o veneno, que chega a ser mais letal do que o de uma cobra jararaca.

Em contato com os seres humanos, a taturana libera o veneno que influencia na coagulação do sangue, provocando hemorragias, náuseas e até mesmo um quadro grave de insuficiência renal crônica. “O veneno ativa a coagulação do sangue, consome rapidamente as proteínas resultando numa incoagulabilidade sangüínea”, destaca Zannin. “O paciente, horas depois, começa apresentar hemorragias graves e insuficiência renal aguda.”

O que preocupa, no caso registrado em Florianópolis, é que a espécie nunca esteve tão perto do homem. “Estas lagartas sempre existiram, mas é importante destacar que em número controlado. Tanto a lagarta como os seus predadores (pequenas moscas e vespas) viviam mais na mata”, afirma a coordenadora do CIT.

Para Zannin, o desmatamento e o uso contínuo de agrotóxicos podem ocasionar novos problemas. “O homem vem desmatando as florestas cada vez mais, conseqüentemente as lagartas migram para as árvores nos quintais, pomares das casas e parques das cidades”, disse.

“Com o uso do agrotóxico, os predadores naturais das lagartas são mortos e o desequilíbrio é visível: o resultado é esta grande quantidade de lagartas e o risco da população acidentalmente no lazer ou no trabalho encostar nos espinhos e se envenenar”.

Os primeiros casos de envenenamento no país foram registrados por pesquisadores em 1989. Seis pessoas morreram em Santa Catarina e outras 2 mil sofreram acidentes até que o Instituto Butantan conseguiu criar um soro para o veneno da lagarta.

A taturana assassina, ou lonomia obliqua foi registrada em várias regiões do oeste do Estado. Na capital catarinense nunca havia sido notada a sua presença até a tarde do último sábado. A fiscalização em alguns bairros pode aumentar nos próximos dias, mas as autoridades estão pedindo que a comunidade permaneça em alerta.

“Cada mariposa coloca em média 70 ovos nas folhas das árvores e após cerca de 15 dias nascem de 60 a 70 lagartas. A proliferação é grande e o risco também: durante o dia elas ficam agregadas no tronco das árvores, mimetizam o tronco da árvore, o que dificulta a sua visualização”, revela Marlene.


As lagartas foram colocadas numa caixa de madeira e enviadas na noite desta segunda-feira para o Instituto Butantan, que produz um antídoto específico para o veneno liberado pela espécie, o soro Antilonômico. O soro é comprado pelo Ministério da Saúde e distribuído para as regiões sul e norte do Brasil.

Para ficar sabendo:

Cientistas da Unifesp e do Instituto Butantan descobriram como a “lagarta assassina” – que ganhou fama há dez anos – fez suas vítimas. Os primeiros casos de acidentes com taturanas surgiram em 1989, no sul do Brasil, mas nada se sabia sobre a ação do veneno no corpo humano.
O estudo analisou a ação do principal componente do veneno da lagarta Lonomia obliqua, um ativador do sistema de coagulação do sangue. O componente foi purificado, 60% dele foi mapeado quimicamente, o que mostrou, já de início, que se trata de um novo tipo de ativador de protrombina, proteína que, quando ativada, desencadeia a formação de coágulos do sangue.
Desenvolvido pelo bioquímico Cleison Valença Reis, como mestrado na Unifesp/EPM, por Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, do Instituto Butantan, e Cláudio Sampaio, professor da Bioquímica da Unifesp, o trabalho mostrou que essa substância, quando injetada pelas cerdas da lagarta no corpo, faz com que se formem coágulos no sangue. Com isso, os fatores responsáveis pela coagulação são consumidos, o que torna o sangue incoagulável para uma necessidade futura. Esse problema tem nome: é a coagulação intravascular disseminada. 
Recomendo então, aos leitores que observem o aspecto da lagarta em questão e, na dúvida, não toquem nem deixem as crianças tocarem e avisem às Secretarias de Meio Ambiente e Zoonoses da região, no caso de avistarem colônias.

Claudia Costa

 

Fontes: http://www.unifesp.br/comunicacao/jpta/ed144/pesqui4.htm

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI2070882-EI8145,00.html

Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo de plantamos.
Proverbio Chinês

Taturana assassina

As Vacas do Cowparade, a Fome de Floresta e o Aquecimento Global

A primeira vez que vi a estátua de uma vaca em pleno Centro do Rio de Janeiro, não sabia nada sobre a tal “Cowparade“, mundialmente famosa e seus objetivos sociais, dos quais, na verdade, só me inteirei há muito pouco tempo.  Como a estátua estava devorando um prato de spaguete em frente ao Spoleto,  associei de imediato ao aquecimento global e pensei, do alto da minha ignorância: “devem estar fazendo uma propaganda para estimular o consumo de massas ao invés de carne, por causa do aquecimento global. Que legal!”… tsc, tsc, tsc.   Não era nada disso.  Dias depois eu vi outra vaca, no Largo da Carioca e aí percebi que não tinha nada a ver com a preocupação ambiental. Era alguma exposição, eu vira na TV, tomei profunda antipatia e esqueci o assunto. Aliás, mentira. Não esqueci. Sempre que eu passava por uma dessas vacas, ficava tentada a desenhar um Planeta derretendo. Aí ouvi dizer que estavam pichando as vacas e roubando os acessórios, achei melhor esquecer de verdade o assunto, porque poderia acabar presa por depredar patrimônio “cultural” da cidade. E ainda ia ter que dar conta das panelas e chapéus, sem saber de nenhum desses acessórios. Me contentei em desprezar as vacas e seguir meu caminho. Dia 8 deste mês eu li que as “mudanças no clima eram o maior motivo de retirada das vacas da áreas da cidade.” O excesso de sol, vento e chuva (choveu no Rio, em novembro, como não chovia há meses) vinha danificando as peças expostas, obrigando a uma rotatividade e manutenção maiores do que seria esperado. Bem, as vacas foram pro brejo e eu acabei descobrindo que essa exposição acontece anualmente (é a primeira vez no Rio de Janeiro), já tendo sido expostas em São Paulo e em Belo Horizonte, assim como em grandes capitais mundiais e o objetivo, além de divertir e inovar, tem sempre um cunho social.  Menos mal, pensei. Mas, ainda assim, apesar de gostar muito das vaquinhas enquanto animais, com sua passividade ruminante, e dos nomezinhos engraçados que eles criaram, quase sempre fazendo um trocadilho com a palavra cow (vaca, em inglês),  que é bom que se observe, nada tem a ver com o nosso idioma,  em tempos de aquecimento global e reflexão obrigatória sobre o consumo de carne, a cowparade poderia ter sido de alerta para os efeitos dos gases de efeito estufa. Uma das vacas me chamou a atenção e espero que tenha causado a mesma impressão em mais pessoas. Essa aqui,  batizada pelos criadores de “Fome de Floresta”.

Fome de Floresta

Fome de Florestas  – Artistas: Mana e Pedro Bernardes

exposta na Avenida Armando Lombardi, na Barra da Tijuca. Eu não tenho certeza mas espero que o objetivo desses artistas tenha sido alertar para a devastação das florestas causada pela criação de gado. Se foi esse o objetivo, parabéns aos criadores da única escultura criativa da exposição.  As vacas permanecerão expostas até o dia 26 e depois serão leiloadas e a renda arrecadada será entregue a uma organização social. Seria muito infeliz sugerir que os próximos eventos tivessem outros animais em exposição? Quem sabe um urso polar ou outras espécies, ameaçadas de extinção, por causa do Aquecimento Global.

Quem quiser conferir a exposição das vaquinhas, visite o link: http://rio.cowparade.com/cow/gallery  e divirta-se, antes que a vaca vá para o brejo, de vez.

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Ainda sobre vacas …  =]

Campanha de ex-mulher de McCartney liga carne a efeito estufa

Nada contra a ex de Paul, Heather Mills. O assunto importante é que ela, à frente da Organização Não-Governamental Viva!, lançou esta semana a campanha HOT, numa tentativa de convencer mais pessoas a deixarem de comer carne.

A campanha é baseada em estatísticas publicadas em um relatório da agência de Alimentação e Agricultura da ONU e em um estudo da própria ONG Viva!.

Efeito estufa

De acordo com os estudos, a criação de gado para corte e laticínios é a segunda atividade que mais emite gases do efeito estufa, atingindo 18% do total.

A propaganda compara este número com as emissões combinadas de todos os meios de transporte, que ficariam em 13,5% do total.

“Essas atividades são a maior causa de extinção de florestas e de desmatamento de florestas: 70% da Amazônia desmatada é usada como pastagem e os outros 30% para o cultivo de forragem para animais”, diz a campanha da Viva!

Nas palavras de Heather Mills, a criação de animais para abate e laticínios “é hoje uma das maiores ameaças ao nosso planeta”.

Num dos cartazes, a modelo aparece em cima de terra desertificada com a frase “Hey Meaty! You’re making me so hot!” (ei, carnívoro, você está me deixando tão quente!, em tradução livre).

A bem humorada Heather Mills, que não tem uma perna, ainda brinca em outro cartaz, com a frase: “You haven’t got a leg to stand on!” (você não tem uma perna para te sustentar, em tradução livre), que é endereçado a organizações e pessoas que se dizem ambientalistas mas continuam consumindo carne.

 

 Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/


 

De abelhas e Esperanças

     Abelhas Jata�Eu li em diversos lugares que as Abelhas estão desaparecendo de alguns cantos do Planeta. Isso me assustou. Porque junto dessas informações, vinha a sombria afirmação atribuída à Einstein, de que “quando as abelhas desaparecessem do cenário humano, a nossa espécie teria apenas mais quatro anos de sobrevivência”. Os cientistas começaram a buscar respostas e apareceram mil e uma teses, das mais críveis às mais bizarras e nenhuma, até o momento, parece haver respondido completamente à pergunta. Onde estão indo parar as abelhas?

Pus minhas barbas de molho e volta e meia procuro consultar matérias sobre o “sumiço das abelhas” para ver se os cientistas já conseguiram encontrar alguma resposta.

Há alguns dias atrás encontrei abelhas… no quintal de minha casa! Uma colmeiazinha minúscula, abelhas filhotes, pequeninas, esvoaçando sem muita organização e eu logo me lembrei do assunto e pensei: Ora, ora, então, pelo menos aqui no Brasil, as abelhas ainda andam a fazer suas colmeias! E achei que isso poderia ser interessante para algum pesquisador, afinal, por aqui, há rumores de sumiço das “apis melliferas” (abelhas produtoras de mel) . Para onde ligar? Quem se interessaria por abelhas no Brasil?

Pensei, pensei e resolvi ligar para a Universidade Rural do Rio de Janeiro, uma conceituada e respeitada Universidade que forma biólogos, veterinários. Alguém ali haveria de se interessar por Abelhas! Lá descobri, depois de ligar insistentemente, que há pessoas interessadas em abelhas. Mas essas pessoas não possuem as roupas adequadas para a manipulação segura, nem tampouco transporte para deslocar-se até fora do bairro de Itaguaí, onde fica a referida Universidade.

Me informaram também, que é precária a estrutura para pesquisas e que eu deveria pagar a um estagiário para que ele viesse até minha casa, remover sem matar, as abelhas e sua colmeia. Argumentei que as abelhas estavam desaparecendo no mundo, daí minha preocupação em mantê-las vivas e seguras em alguma floresta ou sítio, mas não obtive sucesso. A pessoa que me atendeu disse que já “doa” parte de seu salário para o Governo, comprando à própria custa, material para que os alunos possam manter suas pesquisas e que não poderia fazer mais esse sacrifício. Disse que sentia muito mesmo, mas que eu deveria procurar a Defesa Civil ou os Bombeiros.

Por estes fui informada de que há uma Lei que proíbe matar abelhas, já que elas estão ameaçadas de extinção. Mas eu não queria MATAR ABELHAS. Eu justamente queria removê-las em segurança, argumentei. Pior ainda! foi o que me respondeu o funcionário da Defesa Civil (onde é que já CIVIL?) Se eu não queria a morte das abelhas não deveria estar ligando para lá e sim para um apicultor. Disse que eu deveria ligar para os Bombeiro que eles, sim, deveriam ter o telefone de algum apicultor.

As abelhas ficaram e ficaram também algumas perguntas difíceis de calar.

Fala-se em Aquecimento Global e em Mitigação dos Impactos negativos que aquele certamente causará. Fala-se em elevação dos oceanos, em períodos de estiagem e seca e no aumento do desequilíbrio biológico, por conta do desmatamento, algumas espécies predadoras de outras, acabam morrendo e algumas crescem descontroladamente, causando doenças e problemas para as sociedades urbanizadas. A pergunta que não quer calar é: Se nossas Secretarias de Meio Ambiente, nossas Defesas Civis, Nossos Ministérios, não estão preparados para capacitação de pessoal para remover colmeias em segurança, se as roupas especiais, necessárias ao manejo de abelhas, na Universidade Rural estão RASGADAS, impossibilitando o atendimento fora dos muros da Universidade… Para quem vamos apelar se algo sério de verdade acontecer? E para quando será isso? Quando é que vamos parar de falar em Meio Ambiente e Aquecimento Global e vamos realmente começar a agir preventivamente, capacitando, preparando, construindo, reflorestando, reequilibrando o Meio Ambiente? Depois da Copa de 2014?

Nunca se falou tanto em Proteção Ambiental, defesa das espécies, porém eu temo que seja em grande parte, a mesma falácia que sempre permeou as ações de governos em nosso País que só agem quando o “leite” já está derramado.

A Esperança é que, as abelhas não estejam desaparecendo, mas sim, se mudando, para longe dos pesticidas, dos agrotóxicos, das torres de telefonia celular e se for esse o caso, elas podem ficar com o meu quintal.

O Homem terá que aprender que não se pode comer dinheiro, nem votos.

Deixo um vídeo colhido no Youtube, postado por um amante de melliferas, benéficas, fantásticas Abelhas!

Conheçam, mostrem aos seus filhos e amem, antes que elas acabem.

Está mais do que na hora de pararmos com as respostas simplistas aos nossos filhos. Abelha não “serve apenas” para fazer mel e produzir cera!

Abelhas – Polinizadora de mais de 90 espécies de frutas, carrega a floresta nas patas, em seu vôo, vai espalhando as sementes e o pólen, de flor em flor, fazendo a fecundação entre flor macho e fêmea. Mas isso, já é outra história. Sem alarmismos, deixe as abelhas viverem, em paz, pelo bem do Planeta. Pelo nosso bem. Vejam o vídeo e aprendam um pouquinho mais sobre as nossas melhores amigas. Abelhas.

Para quem quer saber mais, visite o site da EMBRAPA

http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/racas.htm

Ps: Hoje, dia 24 de novembro, depois de muito pesquisar, descobri que as abelhas que estão morando no meu quintal, são da espécie Jataí, abelhas brasileiras, inofensivas, com um ferrão atrofiado e que, se Deus quiser, vão continuar vivendo em paz, com minhas flores, frutos e os passarinhos.

 

Veja também “Entendendo a importância das Abelhas”