Vamos esclarecer algumas coisas? O maior problema da atualidade, nas grandes cidades e que originou um problema do tamanho do mundo, parece se chamar lixo, certo?
Alguém se lembra de nossas avós/mães dizendo que algo era sujo ou estava fedendo, para nos impedir de brincar com algo que caiu no chão, por exemplo? Bem, eu me lembro…
Crescemos achando que o resíduo gerado em nossas cozinhas, o tal lixo úmido, era ruim, fedorento, asqueroso. Eu escrevo e imagino a leitora fazendo cara de nojo ao pensar numa terrível casca de … mamão! Ui!
Brincadeiras à parte, o problema do lixo nos acompanhou desde os tempos primordiais do Homem reunido em sociedades mais ou menos organizadas. Por ser considerado asqueroso, através dos séculos, o Lixo (com L maiúsculo, mesmo!) foi sendo literalmente jogado para baixo tapete, não somente por nós indivíduos componentes das Sociedades Urbanas mas, principalmente, pelas grandes indústrias. Esgoto jogado no Mar, resíduos de fábrica jogados nos rios, lençóis freáticos contaminados, enfim… um problema que agora explode na nossa cara e se chama Impacto Ambiental de proporções catastróficas.
E então se descobre que o Lixo Tóxico produzido pela China, na forma de placas de componentes eletrônicos (computadores, baterias de celular, pilhas, etc) acabam jogados aqui, num lixão em Gramacho ou em outra cidade de periferia do nosso País. Ficamos indignados, não é? Com efeito, algo precisa ser feito. Pressionar as autoridades para que criem uma melhor destinação para o Lixo Tóxico parece ser uma excelente medida mas, o que fazer com o lixo de nossa própria casa ? Para começar, vamos a partir de agora chamar todo e qualquer produto ou subproduto gerado pelo nosso consumo doméstico de “resíduo”. O resíduo seco, papelão, vidro, latinhas de alumínio, etc, pela própria carência de nossas populações, esse, já tem destino certo, que o Brasil é o país das soluções por conta da inventividade (e da necessidade por que passa) o seu povo. O problema está nos tais resíduos “imundos”, o lixo úmido que acaba gerando mais metano, quando jogado nos lixões, e cujo resíduo, o chorume, vai contaminar, lá no fundo, lá embaixo da terra, os queridos e necessário lençóis freáticos…
Prá tomar conta desse problema ambiental, vigiar se as Indústrias estão jogando metais pesados em local proibido, derramando óleo em rio, em oceano, digamos que a gente tem a mídia e os órgãos constituídos por … nós. E prá tomar conta desse resíduo que sai da nossa casa? Quem vamos chamar ?
Hoje eu trouxe um vídeo legal, que vai chocar a maioria das pessoas, então querido leitor, se você não tem estômago forte e sente nojo de minhocas, é melhor não clicar no Play. O vídeo que vou mostrar, ensina a construir um minhocário para casas e até apartamentos, que além de produzir humus que é o “adubo feito pelas minhocas”, permite equacionar o problema do resíduo de nossas cozinhas.
Projeto Minhocasa!
Enquanto estava escrevendo esse post, vi no Globo, um artigo que vale à pena transcrever e que só vem confirmar o que eu estava pesquisando.
“Cientistas descobriram como minhocas que consomem metal pesado acabam ajudando plantas a limpar solo contaminado.
Pesquisadores da Universidade de Reading, na Inglaterra, encontraram mudanças sutis nas propriedades de metais à medida que minhocas ingeriam e expeliam o solo onde esses metais se encontravam.
Essas mudanças fizeram com que fosse mais fácil para as plantas absorver metais pesados – altamente tóxicos e prejudiciais à saúde humana – da terra.
As plantas podem normalmente absorver metais pesados do solo e incorporá-los em seus tecidos, mas esse é um processo que pode levar bastante tempo.
Por isso, se as minhocas podem fazer com que os metais se tornem mais fáceis de ser absorvidos pelas plantas, elas se tornarão as “guerreiras ecológicas do século 21”, disseram os cientistas no British Association Science Festival, em Liverpool.
Segundo os pesquisadores, as minhocas são verdadeiros “detetives do solo”: a presença delas pode ser um indicativo sobre a saúde geral da terra.
Esse papel é possível porque as minhocas desenvolveram um mecanismo que permite que elas sobrevivam em solo contaminado com metais tóxicos, incluindo arsênio, chumbo, cobre e zinco.
“As minhocas produzem um tipo de proteína que envolve determinados metais e as mantêm seguras (de intoxicação)”, explicou o pesquisador Mark Hodson.
A análise dos metais foi possível com o uso de um equipamento chamado Diamond Light Source, que utiliza a tecnologia de raios-X para determinar a propriedade de partículas “mil vezes menores do que um grão de sal”.
Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil
E, para arrematar, que o post já está longo demais, deixo uma receitinha de como construir um minhocário, a partir de garrafas pet! Melhor do que isto…
Extraído do Blog “Verde Segredo“, que vale à pena visitar.
O projeto Minhocasa, pode ser conhecido clicando Aqui .
Sabiam que, depois de aprender tanto sobre minhocas eu acabei achando que elas são as melhores amigas do Homem?
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