Obsolescência Programada – Comprar, descartar, comprar ….

Somente nos últimos vinte anos, o Homem se deu conta de que era necessário abrir a caixa de pandora existente no meio da sociedade de consumo e exibir seu conteúdo feio e perigoso. Podemos dizer que os primeiros a alertarem que a forma predatória de consumo seria mais devastadora que a capacidade do Planeta Terra repor suas reservas foram os cientistas e, claro, os Governos não lhes deram ouvidos. Afinal, o sustentáculo da economia mundial é o consumo, então é preciso que a sociedade continue sendo estimulada a comprar, depois a descartar, para atingir outro objetivo (sonho de consumo). E é dessa forma que, segundo dizem as lideranças mundiais, se mantem assegurados os empregos, benefícios e garantias sociais dos países desenvolvidos. O vídeo abaixo, serve para você que busca entender como funciona nossa sociedade de consumo, e responde algumas perguntas que, de vez em quando nos fazemos sobre porque somos compelidos a comprar como se o objeto de consumo pudesse nos tornar pessoas melhores, mais felizes e mais bem sucedidas. Sugestão de exibição nas escolas, comunidades, para as crianças de um m odo geral. As gerações futuras dependem diret amente da forma como encaramos a questão do consumo desenfreado hoje. A História do Planeta já está nos julgando por isso. Seremos absolvidos? Reserve um tempo para assistir!

Em 2009 adote uma Área Verde!


Primeiro de janeiro é o dia de começar a cumprir as resoluções de fim de ano. A maioria das promessas costuma ser de caráter pessoal (fazer mais exercício, parar de fumar, alimentar-se melhor, etc…), mas há boas ações que podem ajudar também toda a cidade. A reportagem de capa do GLOBO-Barra desta quinta-feira (aqui, para assinantes) mostra pessoas que em 2008 deram um bom exemplo: a adoção de áreas verdes da cidade, através da participação de um programa da Fundação Parques e Jardins (FPJ)

A Fundação Parques e Jardins do Rio de Janeiro, criou o programa Adote uma Área Verde, com o objetivo de estabelecer parcerias com empresas, associações de moradores e demais seguimentos da sociedade, para que Praças Públicas, Jardins e áreas verdes em nossa cidade sejam cuidadas e preservadas, já que reconhece que não é possível manter todas as áreas existentes com os recursos de que dispõe.

Esta parceria gera benefícios imediatos para todos:

– o adotante tem sua marca associada à projetos de marketing urbanístico, ecológico, cultural e de responsabilidade social;

– as comunidades locais são valorizadas pela proximidade às áreas de lazer bem cuidadas e agradáveis;

– e o setor público passa a dispor de mais recursos para investimento em áreas mais carentes da Cidade.

O adotante de uma área verde (que pode ser uma simples árvore, um canteiro, uma praça ou um trecho de parque municipal) fica responsável por cuidar daquela área, fazendo a manutenção, e avisando à Fundação Parques e Jardins sobre quaisquer danos mais graves. A FPJ reconhece que a Prefeitura não tem recursos para cuidar de todas as áreas verdes do Rio, e que a participação da população, através desse programa, é sempre bem-vinda.

Para quem quiser seguir o exemplo, o processo não tem grandes burocracias. Qualquer cidadão pode adotar uma árvore ou praça próxima à sua casa. Para isso, basta comparecer à sede Fundação Parques e Jardins (dentro do Campo de Santana, no Centro) com identidade, CPF, e uma carta manifestando o desejo de adoção de determinada área. Técnicos da FPJ farão uma vistoria para avaliar quais as condições daquela área, e será assinado um contrato entre o adotante e a prefeittura. Assim que o contrato é publicado no Diário Oficial, o cidadão passa a ser responsável pela área.

O endereço da Fundação Parques e Jardins é:

Praça da República s/nº – Campo de Santana
Centro – Rio de Janeiro – RJ
Cep.: 20211-360 – Tel: 2323-3500

Vários condomínios adotaram canteiros e praças, na Barra, além de empresas que vêm adotando esta excelente idéia. Pessoas físicas também já tomaram esta atitude que faz bem a quem adota e à cidade.
A curto prazo, estas parcerias são interessantes para quem adota e a médio e longo prazo poderemos contar com mais ruas arborizadas, diminuindo a temperatura do bairro em que você mora.

Agora, dê uma boa olhada em sua rua e, se ela é arborizada ou numa Praça pertinho da sua casa e veja quantas árvores estão precisando de cuidados imediatos. Não basta plantar, tem que cuidar da árvore que é um ser vivo e, como tal, necessita de alimentação e cuidados, está sujeita à fungos e doenças que a fazem apodrecer e cair com a primeira chuva mais forte. Que tal juntar-se aos vizinhos e separar algum tempo para cuidar de uma área verde em seu bairro ? Você cuida do Planeta, faz amigos e ganha um lugar mais bonito para viver. A Natureza, e os seus filhos e netos, é claro, agradecem, afinal, além de ajudar o Planeta a se recuperar, você estará ajudando nossa cidade a voltar a ser Maravilhosa! 

 

tijuca

Rua Dona Delfina, na Tijuca - Rio de Janeiro

 

O GRANDE VILÃO

Não resta dúvida que o grande vilão do meio ambiente no Brasil são os esgotos, que podem ser industriais ou domésticos. No momento, vamos tratar do segundo.

 

ESGOTO DOMÉSTICO é a água das residências que contem dejetos (produzidos pelo homem, é claro). Seu conteúdo é: água de banho, urina, fezes, papel higiênico, restos de comida, sabão, detergente e água de lavagens. O que se chama de esgotamento sanitário é o conjunto de 3 ações: coleta, tratamento e disposição final. Vejamos cada uma delas.

 

A coleta consiste num sistema de tubos de cerâmica ou PVC que conduzem por gravidade as águas residuárias, da residência ao local de tratamento ou disposição final. Para se ter uma idéia da vazão de esgotos, usa-se a fórmula abaixo:

Qd = 1,44.p.q/86400 onde:

Qd = vazão doméstica (l/s)

1,44 = coef.retorno (0,8), dia (1,2) e hora (1,5) de maior consumo

p = população servida (habitantes)

q = vazão de consumo de água potável (l/dia.hab)

86400 = coef. de transformação de unidade (l/dia para l/s)

Se considerarmos uma comunidade com mil pessoas e um consumo de água de 200 l/hab.dia, teremos para a vazão de esgotos:

Qd = 1,44 x 1000 x 200 / 86400 = 3,3 l/s

À esta, devemos somar a vazão de infiltração na rede que, se a tubulação for de cerâmica vitrificada e a extensão da rede de um quilômetro, teremos:

Qi = inf.km = 0,0005 x 1000 = 0,5 l/s

Assim, a vazão total nesse trecho da rede e para esta população e infiltração, será:

Qt = Qd + Qi = 3,3 + 0,5 = 3,8 l/s

 

O tratamento consiste em tornar (bem) menos agressivo o esgoto quando ele for lançado no corpo receptor (destino final). Observe a reação química abaixo, que representa simplificadamente o que acontece com os esgotos domésticos:

C6H12O6N (compostos orgânicos) + O2 (oxigênio) —> H2O (água) + CO2 (gás carbônico) + NH3 (amônia) + energia

Duas observações: em cima da seta, considerar a ação de bactérias aeróbicas e, após a mesma, os três produtos são compostos minerais.

 

Assim, tratar esgoto doméstico significa, resumidamente, transformar compostos orgânicos em compostos minerais, pela ação de bactérias. Estas, não precisam ser inoculadas, pois são comuns no esgoto. O Oxigênio (do ar, em geral) pode ser introduzido nas águas servidas por pás mecânicas giratórias acionadas por motores elétricos; acontece nos valos de oxidação, nas lagoas aeradas e nas ETEs de lodos ativados. Ao morrerem, essas bactérias formam um lodo, que precisa ser retirado do sistema por decantação. Só isso.

 

A disposição final dos esgotos apresenta muitas soluções. Neste esquema didático, mostro o caminho que ele segue assim que deixa as nossas casas. Como pode ver, há soluções que nem precisam de canos (caso da fossa seca ou “casinha”); as chamadas “convencionais”; as redes de esgoto condominiais; e aquelas inovadoras, que usam até aguapés e lentilhas d´água (plantas aquáticas) para o seu “tratamento”. Mais alguns detalhes sobre o dimensionamento hidráulico da rede de esgotos, mostro (ao final) em minha página.

 

Há cerca de 20 anos no Brasil e a milênios em outros países, os esgotos vêm sendo aplicados nos solos como insumo básico da irrigação. Mas isso fica para outro capítulo.

Setor de Transportes vai tentar reduzir emissão de poluentes

Programa ambiental do setor de Transportes busca contribuir para redução das emissões de CO2

Mônica Pinto / AmbienteBrasil

No Brasil, o setor de transporte é o segundo maior emissor de CO2, com 9% do total, montante liderado pelas queimadas e pelo desmatamento, que respondem por 75% das emissões de gases causadores de efeito estufa. No âmbito do transporte, o principal emissor de CO2 (com 88% do total) é o modal rodoviário.Estes dados são da Confederação Nacional do Transporte – CNT – que, com base neles, investiu em um programa meritório, batizado de Despoluir. “O aquecimento global deixou de ser apenas uma ameaça e hoje é uma realidade que torna necessária a imediata mobilização de todos, indivíduos, comunidades, nações, governos, entidades e empresas, inclusive do setor de transporte, para minimizar as graves mudanças climáticas em curso”, disse a AmbienteBrasil a coordenadora de Projetos Especiais da CNT, engenheira Marilei Menezes.

O programa envolve seis projetos. O primeiro, já em andamento, é o de Redução da Emissão de Poluentes pelos Veículos, que compreende, entre outras ações, o equipamento de unidades móveis e postos fixos de inspeção veicular voltadas para o atendimento de empresas de transporte e autônomos. Essas unidades já foram enviadas às federações de transportadores dos 27 estados do país.

Nesses locais, as empresas e os caminhoneiros autônomos são estimulados a submeterem seus veículos à aferição do opacímetro, um instrumento portátil utilizado para medição da quantidade de material particulado (fumaça preta) emitido por veículos a diesel.

O equipamento é montado no escapamento do veículo, para medição de fumaça através da absorção da luz. O procedimento transcorre conforme os padrões estabelecidos pelo Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), criado pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) por meio de resoluções que estabelecem diretrizes, prazos e padrões legais de emissão admissíveis para as diferentes categorias de veículos automotores, nacionais e importados.

“Com a aferição dos veículos, consegue-se reduzir a contaminação atmosférica, através da busca dos limites máximos de emissão”, explica Marilei. Além disso, segundo ela, o método fornece um bom indicativo do estado de manutenção do conjunto do motor, bomba e bicos injetores, regulagem do ponto de injeção e filtros de ar e combustível.

Ela informa que a adesão das empresas tem sido bastante satisfatória, sobretudo porque a estratégia funciona agregada ao Projeto de Aprimoramento da Gestão Ambiental nas Empresas, Garagens e Terminais de Transporte, que começa a valorizar a gestão ambiental em todo o setor, incentivando ações de certificação, regulação e capacitação ambiental.

Parte dessa meta é cumprida por meio dos projetos Caminhoneiro Amigo do Meio Ambiente, Taxista Amigo do Meio Ambiente e Trabalhador em Transporte Amigo do Meio Ambiente, cujo objetivo é fazer, destes três públicos específicos, através da educação ambiental, disseminadores de boas práticas.

Essa saudável consciência em prol do desenvolvimento sustentável ganha especial significado quando se observa seu potencial alcance – a CNT engloba 31 federações, 348 sindicatos e 32 associações; um universo que compreende 146 mil empresas, 733 mil autônomos e 2,5 milhões de trabalhadores, que juntos geram cerca de 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Biocombustíveis

Segundo Marilei, a CNT tem procurado acompanhar a disponibilidade de energias mais limpas, avaliando a garantia de abastecimento, de que as indústrias terão plena capacidade de processamento e de que haverá logística para a distribuição dos novos combustíveis.

“Com a devida cautela, a CNT está incentivando o uso de biocombustíveis e outros combustíveis menos poluentes, pelos transportadores, de maneira que possamos forçar a ampliação da cadeia de produção e distribuição dessas energias mais limpas”, diz ela.

O objetivo do segundo projeto do Despoluir – Incentivo ao Uso de Energia Limpa pelo Setor Transportador – é justamente mostrar as vantagens econômicas, sociais, ambientais e, sobretudo, as operacionais do uso de combustíveis alternativos.

As empresas e os caminhoneiros autônomos interessados podem ter seus veículos aferidos gratuitamente. Para maiores informações, devem entrar em contato com a CNT pelo e-mail despoluir@cnt.org.br ou pelo telefone 0800-7282891.